O sistema imunológico também envelhece à medida que uma pessoa envelhece. Este processo é conhecido como imunossenescência e refere-se às mudanças no sistema imunológico que ocorrem com o envelhecimento, resultando em uma resposta imunológica menos eficaz [1]. Alguns dos principais aspectos da imunossenescência incluem:
- Diminuição da Resposta Imunológica O sistema imunológico torna-se menos eficiente na identificação e na resposta a novos antígenos (substâncias estranhas ao corpo), o que pode aumentar a suscetibilidade a infecções.
- Inflamação Crônica O envelhecimento muitas vezes está associado a um estado de inflamação crônica de baixo nível, conhecido como “inflamação senescente”. Isso pode contribuir para várias condições crônicas relacionadas à idade.
- Redução na Produção de Novas Células Imunológicas A produção de novas células imunológicas, como linfócitos, pode diminuir com a idade, afetando a capacidade do sistema imunológico de se regenerar e responder a desafios.
- Alterações nas Células Imunológicas As células imunológicas podem sofrer alterações funcionais, o que pode afetar a capacidade de combater infecções e responder a vacinas.
- Diminuição da Resposta a Vacinas Em idades avançadas, a eficácia das vacinas pode diminuir, o que destaca a importância de estratégias de vacinação específicas para idosos.
Embora o envelhecimento afete o sistema imunológico, hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercícios regulares e evitar o tabagismo, podem ajudar a manter o sistema imunológico o mais robusto possível ao longo do tempo. Além disso, a pesquisa na área da imunologia está em andamento para entender melhor os mecanismos subjacentes à imunossenescência e desenvolver estratégias para fortalecer a resposta imunológica em idades avançadas.
Diante das alterações imunológicas que acompanham o processo natural de envelhecimento, a comunidade científica tem se dedicado a investigar maneiras de reverter ou retardar a imunossenescência. As descobertas recentes sugerem que esse objetivo não apenas é desejável, mas também viável. Uma das estratégias promissoras para enfrentar a imunossenescência é a promoção da atividade física. Estudos diversos têm indicado que diferentes formas de exercícios, especialmente os aeróbicos, desempenham um papel crucial na redução da circulação de citocinas inflamatórias. Além disso, a prática regular de atividade física demonstrou aumentar a proliferação de linfócitos T, reduzir o acúmulo de gordura na medula óssea e aprimorar a resposta às vacinas em indivíduos idosos. Outro fator determinante na busca por retardar o envelhecimento do sistema imunológico é a dieta. Estudos realizados em animais indicam que a restrição calórica pode impedir a involução do timo, uma glândula crucial na maturação de células T. Além disso, a suplementação alimentar com certos nutrientes e compostos, como o zinco e o resveratrol, tem demonstrado a capacidade de aumentar a citotoxicidade das células NK (células assassinas naturais) e a produção de anticorpos após a imunização.
Essas descobertas ressaltam a importância de escolhas de estilo de vida saudáveis na promoção da saúde imunológica em idades avançadas. A atividade física regular, uma dieta balanceada e a suplementação podem representar ferramentas eficazes para mitigar os efeitos do envelhecimento no sistema imunológico.